O Brasil é um dos maiores produtores siderúrgicos mundiais, com capacidade de produzir 51 milhões de toneladas de aço e empregando cerca de 127 mil pessoas diretamente no setor, segundo dados do Instituto Aço Brasil, que reúne as 31 usinas instaladas no país.
O que nem todo mundo se dá conta é que a siderurgia está diretamente ligada à cultura de florestas plantadas. A razão é muito simples: nos altos fornos que transformam minério de ferro em ferro gusa – material que serve de base para a produção do aço, quem fornece calor e carbono é o carvão vegetal feito a partir de florestas plantadas de eucalipto. Não é ao acaso, portanto, que boa parte dos clientes da Reflorestar está na indústria siderúrgica.
Para atender a esse setor da economia é necessário um planejamento específico das operações de colheita para garantir o suprimento de madeira nas plantas de produção de carvão vegetal. “Essa é uma fase de vital importância para siderurgia, porque a competitividade do aço sofre influência da qualidade e custo do carvão vegetal”, pontua o gerente geral de operações florestais da Reflorestar, Nilo Neiva.
Esse planejamento determina cada etapa do processo, como a área onde será feita a derrubada, o arraste, o traçamento, onde a madeira será disposta, quantas serão as pilhas de secagem, a altura delas, assim como a distância entre elas para favorecer a secagem da madeira. “As toras são cortadas no exato tamanho que o cliente precisa e são entregues já prontas para serem utilizadas nos fornos de carbonização”, explica Nilo.